28 janeiro, 2008

conservador-restaurador perante uma obra,

deverá sempre perguntar-se:

  • que aconteceu á obra no passado?
  • Que lhe está a acontecer agora?
  • Como posso prevenir maior decaimento no futuro?

As respostas a estas questões deverão sempre ser objectivas, precisas, científicas, tendo sempre em conta a envolvente ética, estética, histórica que preserve o significado e a essência da mensagem que o autor da obra nos transmitiu.

O problema central da conservação e restauro, reside na metodologia de tratamento a adoptar. Ao lado de questões sobre o tipo de materiais a utilizar nos tratamentos ou nas técnicas de limpeza a utilizar, vêm os problemas estéticos relacionados com a legitimidade dessas operações, e para além disso reaparece o problema ético ligado à carga da emocional vinculado à peça de arte em estudo (trata-se de um objecto de um particular ou de uma monumento público).

A conservação e restauro e exibição do património cultural exige uma ampla visão, com várias facetas, associando as vertentes científico e técnico às visões históricas a par de uma correcta interpretação artística em que a estética dá as mãos à ética de modo a não agredir o “público”, mas sim motivando-o para o gosto e apreciação da herança cultural legada pelos antepassados como autêntico retrato de um povo e do seu trajecto histórico.

No amplo campo dos materiais o conservador-restaurador deve conhecer os materiais usados nos bens culturais: pedras, metais, madeiras, pigmentos, argilas e têxteis, etc., bem como compreender as propriedades dos materiais, os processos de fabrico (v.g. metais, cerâmicas, etc.) e ainda as condicionantes que conduzem para as suas condições de equilíbrio.

Os Métodos de Exame e Análise devem fornecer um corpo coerente de métodos instrumentais de análise físico-química, fundamentais na caracterização dos materiais do património cultural, e importantes na definição das patologias encontradas nesses materiais e na selecção dos processos de tratamento.

Um técnico em conservação e restauro deve ainda dominar, numa perspectiva histórica, a exploração, a preparação e as formas de utilização das principais matérias que entram na composição das obras de arte e de outras produções com valor cultural.

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